
Lista do sincretismo religioso dentro dos cultos afros
O sincretismo nada mais é do que uma mistura de concepções religiosas. Logo que os escravos chegaram ao Brasil os brancos decidiram catequizá-los.
Padres eram designados para ensinar e pregar os fundamentos e preceitos católicos, os negros eram proibidos de qualquer prática religiosa que não fosse aquela aprendida aqui no Brasil. Então, para evitar represálias dos senhores de engenho, os escravos fingiram adaptar-se à nova fé.
Para que pudessem continuar cultuando nossos Orixás os negros passaram a utilizar de imagens dos santos católicos. Atribuíram a imagem de um santo para cada Orixá, para isso procuraram os santos católicos que mais se adequasse e se identificasse com os santos afros.
Em dia de batuque os escravos costumavam abrir um buraco no chão, dentro do qual eles depositavam as oferendas aos Orixás. Para esconder o buraco eles colocavam em cima uma pedra ou tronco de madeira.
Em cima da pedra colocavam uma imagem de santo católico, geralmente a que tinham escolhido para corresponder ao Orixá que estava sendo homenageado.
À noite então formavam uma roda em volta da pedra e dançavam e cantavam as rezas louvando os Orixás.
Os brancos sem entenderem o idioma iorubá, acreditavam na conversão e achava até bonito a demonstração de fé dos negros com a nova religião.
Abaixo segue uma lista do sincretismo religioso dentro dos cultos afros, mas lembre que a lista abaixo pode variar de tradição familiar pra tradição familiar, podendo ser diferente do que está escrito aqui.
Para mais detalhes sobre o sincretismo dentro do Batuque do RS, clique aqui
Bará Legbá:
Santo Antônio de Categeró
Bará Lodê:
São Pedro ou São Benedito
Bará Lanã:
Santo Antônio do Pão dos Pobres
Bará Adague:
Santo Antônio
Bará Agelú:
Menino no colo de Santo Antônio
Ogum Avagã:
São Paulo
Ogum Onira, Olobedé e Adiolá:
São Jorge
Oyá Timboá:
Santa Terezinha
Oyá Dirã:
Joana D’arc
Oyá Niqué:
Santa Bárbara sem o castelo
Iansã:
Santa Bárbara com o castelo
Xangô Ibeje:
São Cosme e São Damião
Xangô Aganjú:
São Miguel Arcanjo
Xangô Agodô:
São João Batista ou São Jerônimo
Odé:
São Sebastião
Otim:
Santa Bernadete
Obá:
Santa Catarina
Ossanha:
São Cristóvão ou São Judas Tadeu
Xapanã Jubeteí:
São Roque ou São Lázaro
Xapanã Belujá:
Jesus Cristo crucificado ou Senhor dos Passos
Xapanã Sapatá:
Jesus Cristo crucificado ou São Lázaro
Oxum Ibeje:
Nossa Senhora de Fátima
Oxum Pandá:
Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora de Lourdes, Imaculada Conceição, Sagrado Coração de Maria
Oxum Demum:
Nossa Senhora da Conceição
Oxum Olobá:
Nossa Senhora do Carmo
Nossa Senhora Medianeira
Oxum Docô:
Nossa Senhora de Aparecida
Yemanjá Bocí e Iemanjá Bomí:
Nossa Senhora dos Navegantes
Yemanjá Nanã Borocum:
Sant’Anna
Oxalá Bocum e Oxalá Olocum:
Menino Jesus de Praga
Oxalá Dacum:
Sagrado Coração de Jesus
Oxalá Jobocum:
Divino Espírito Santo (pomba)
Oxalá Oromilaia:
Santa Luzia
Charles Corrêa D’ Oxum
Axé a todos e que os orixás abençoe a vida de cada um hoje e sempre.
Lembre-se:
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Axé a todos e que os orixás abençoe a vida de cada um hoje e sempre.
Lembre-se:
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
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